segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Stalingrado: A batalha que abriu caminho à grande vitória


Há setenta anos, no dia 19 de novembro de 1942, o Exército Vermelho iniciou a sua contra-ofensiva na Batalha de Stalingrado. Essa operação resultou na derrota completa das tropas alemãs nazistas. A partir das ruínas de Stalingrado se inciou o caminho até à Grande Vitória da primavera de 1945.

Na manhã de 19 de novembro de 1942, milhares de peças de artilharia do Exército Vermelho despejaram uma tempestade de fogo sobre as posições inimigas e a ofensiva começou. Dias depois, as tropas soviéticas fecharam o cerco, no qual ficaram 330 mil soldados, oficiais e generais do exército hitleriano. Os combates encarniçados continuaram durante os três meses seguintes, mas todas as tentativas dos alemães de romper o cerco e sair foram infrutíferas.

Esta operação no Rio Volga, batizada de Uran, foi preparada durante dois meses. Junto à Stalingrado (atual Volgogrado) cercada, em condições de segredo rigoroso, se concentraram reforços provenientes da Sibéria Ocidental e foi criado um poderoso grupo de assalto.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Mostre as Algemas, Zé


por Lula Miranda, via Brasil 247
Foi o que teria dito a José Dirceu, em Setembro de 1969, um dos presos políticos naquele histórico momento de resistência à ditadura militar em que 15 prisioneiros do regime de exceção e arbítrio, que se instaurara no Brasil, foram libertados em troca do embaixador americano – na fotografia aparecem 13, apenas uma mulher.

Exceção e arbítrio. Palavras malditas. Palavras-emblema de tempos sombrios.

Segundo relato de Flavio Tavares, hoje jornalista e escritor, ele teria sussurrado aos companheiros na ocasião: “Vamos mostrar as algemas”. Fez isso num insight “de momento” ao notar que os presos que estavam ali perfilados, alguns agachados, como um time de futebol campeão, numa forçada pose para uma foto que viria a se tornar histórica, escondiam as algemas. E por que escondiam as algemas aqueles jovens? Talvez por vergonha. Talvez porque estivessem preocupados em como aquela imagem poderia machucar ainda mais seus familiares e parentes mais próximos. Ou talvez, simplesmente, porque já estavam por demais combalidos e abalados moral e emocionalmente para se preocuparem com aquele peculiar adereço do arbítrio. Não se sabe ao certo, tampouco importa. Mas, insistiu Tavares, naquele “insight” que, ao contrário,em vez de esconder, as exibisse.