Por Brisa Anciutti
A moda é uma questão muito polêmica e ao mesmo tempo muito presente e debatida principalmente no meio jovem. Manifesta-se como forma de expressão da personalidade, de diferenciação do jovem como indivíduo e ao mesmo tempo de sua inclusão dentro de um grupo social – as chamadas tribos urbanas. A psicologia muito já estudou sobre este tema. “O hábito fala pelo monge”, de Umberto Eco, é claramente um estudo do ato de vestir. “O vestuário é comunicação” é o mote da exposição, e nesse sentido, o “vestir” surge como uma tomada de consciência. Como ver a moda como objeto de sociabilidade geral entre jovens?
No mundo contemporâneo, é quase que impossível as pessoas não serem consumidoras de moda. Mesmo para aqueles que se dizem “contra o consumismo e contra as modinhas” não se dão conta de que eles próprios estão “lançando uma moda” de não consumo e que consequentemente esta moda se reflete nas vestimentas destes indivíduos. Afinal, o vestir é necessário desde os primórdios da civilização, tanto como forma de proteção, quanto de pudor, de religiosidade, ou inúmeras outras formas que podemos levar em consideração, afinal, a nossa sociedade não aceita a nudez em público.A ideia não é defender um consumo desenfreado, a moda descartável e fútil e sim a moda como forma de expressão; não a moda como fator de diferenciação de classes, mas de personalidades e expressão do íntimo de cada individuo. Ao mesmo tempo em que expressa uma individualização, a moda reflete a era em que vivemos, pois de uma forma ou de outra fazemos parte de um só tempo e isso é muito bem expresso nas roupas que vestimos – nesse sentido moda é fator de socialização.
